segunda-feira, 4 de maio de 2015

O Homem caído não pode se redimir-se a si próprio?


O homem pode se redimir?


A salvação do homem advêm somente da fé?






"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” Romanos 3:23-24
Muito se pode falar pela leitura da própria Carta de Paulo sobre os processos de justificação e salvação, de forma a reconciliação com Deus. De forma resumida, Paulo procura demonstrar que todos são pecadores, tanto os judeus como os gentios. Demonstra a hipocrisia e o orgulho dos Judeus que acreditam ser salvos pois obedecem às “obras da lei”, mas que na verdade praticam a lei da “boca para fora”, isto é, internamente são egoístas e preocupados em satisfazer os próprios desejos. Paulo qualifica as obras da lei aos esmeros formalistas com conteúdo puramente exterior, porém desvinculados de conteúdo espiritual.

Paulo afirma até que os gentios, incircuncidados, tornam-se circuncidados se praticam as obras da lei, sem conhecimento. Por fim, todos os que praticam a lei, e não o seu conteúdo formal, gentios ou não, serão justificados, conforme o versículo “Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (Romanos 2:13).


Dessa forma, Paulo condena os formalismos e rituais que pretendem satisfazer a vontade de Deus. Isto é, de certa forma, necessário pois que segundo “as obras da lei”, Jesus seria uma pessoa condenável, tendo em vista que morreu crucificado, sendo que para os judeus, uma forma impura de morrer. É também necessário para afastar a nova doutrina, o cristianismo, das prática judias, como a circuncisão e rituais de purificação. 

Paulo afirma que tanto os judeus como os gentios vivem no pecado, isto é, estão afastados de Deus, e que as obras da lei não servem para justificar ninguém, pois que por conta da lei a pessoa só conhece o que é pecado. É preciso algo mais para ser justificado, este algo mais é a fé.

Porém muitos aqui se equivocam ao interpretar que a justificação se dá apenas pela fé, ou seja, pela crença, pura e simples. A "salvação" é dada gratuitamente, não depende de filiação a nenhuma Igreja, ao Judaísmo, não é representado pela circuncisão, pois que para Paulo a providência divina não deixa desemparado nem o Judeu nem o Gentio. Assim, o homem caído não é justificado apenas pela fé, mas dispõe de meios para se redimir, dado gratuitamente. 

Para Paulo, a fé em Jesus representa esta providência divina. A justificação pela fé em Jesus não consiste apenas ser salvo pela crença em sua existência, mas na “fidelidade” do crente à moral preconizada por ele. Assim, o Homem pode redimir-se a si mesmo, uma vez que não é a fé que lhe é agraciada por Deus, mas apenas que Ele concedeu a humanidade o seu instrumento de fé, qual seja, Jesus. Crer em Jesus, ou ser fiel aos seus ensinamentos, representa uma atitude ativa do indivíduo, e não uma graça. Novamente, citando Romanos 2:13, "Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados".

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